segunda-feira, 6 de julho de 2009

Revolução Médico - Sanitária - Willyam Xavier, Paulo Fernando e Jorge Leite

O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. O mesmo, aliás, pode ser dito das doenças. Aquilo que é considerado doença varia muito. Houve época em que masturbação era considerada uma conduta patológica capaz de resultar em desnutrição (por perda da proteína contida no esperma) e em distúrbios mentais. A masturbação era tratada por dieta, por infibulação, pela imobilização do "paciente", por aparelhos elétricos que davam choque quando o pênis era manipulado e até pela ablação da genitália. Houve época, também, em que o desejo de fuga dos escravos era considerado enfermidade mental: a drapetomania (do grego drapetes, escravo). O diagnóstico foi proposto em 1851 por Samuel A. Cartwright, médico do estado da Louisiana, no escravagista sul dos Estados Unidos. O tratamento proposto era o do açoite, também aplicável à "disestesia etiópica", outro diagnóstico do doutor Cartwright, este explicando a falta de motivação para o trabalho entre os negros escravizados.

Real ou imaginária, a doença, e sobretudo a doença transmissível, é um antigo acompanhante da espécie humana, como o revelam pesquisas paleontológicas. Assim, múmias egípcias apresentam sinais de doença (exemplo: a varíola do faraó Ramsés V). Não é de admirar que desde muito cedo a Humanidade se tenha empenhado em enfrentar essa ameaça, e de várias formas, baseadas em diferentes conceitos do que vem a ser a doença (e a saúde). Assim, a concepção mágico–religiosa partia, e parte, do princípio de que a doença resulta da ação de forças alheias ao organismo que neste se introduzem por causa do pecado ou de maldição. Para os antigos hebreus, a doença não era necessariamente devida à ação de demônios, ou de maus espíritos, mas representava, de qualquer modo, um sinal da cólera divina, diante dos pecados humanos. Deus é também o Grande Médico: "Eu sou o Senhor, e é saúde que te trago" (Êxodo 15, 26); "De Deus vem toda a cura" (Eclesiastes, 38, 1–9).

A doença era sinal de desobediência ao mandamento divino. A enfermidade proclamava o pecado, quase sempre em forma visível, como no caso da lepra Trata–se de doença contagiosa, que sugere, portanto, contato entre corpos humanos, contato que pode ter evidentes conotações pecaminosas. O Levítico detém–se longamente na maneira de diagnosticar a lepra; mas não faz uma abordagem similar para o tratamento. Em primeiro lugar, porque tal tratamento não estava disponível; em segundo, porque a lepra podia ser doença, mas era também, e sobretudo, um pecado. O doente era isolado até a cura, um procedimento que o cristianismo manterá e ampliará: o leproso era considerado morto e rezada a missa de corpo presente, após o que ele era proibido de ter contato com outras pessoas ou enviado para um leprosário. Esse tipo de estabelecimento era muito comum na Idade Média, em parte porque o rótulo de lepra era freqüente, sem dúvida abrangendo numerosas outras doenças.

Os preceitos religiosos do judaísmo expressam–se com freqüência em leis dietéticas, que figuram, em especial, nos cinco primeiros livros da Bíblia (Torá, ou Pentateuco). Sua finalidade mais evidente é a de manter a coesão grupal, acentuando as diferenças entre hebreus e outros povos do Oriente Médio. Essas disposições eram sistemas simbólicos, destinados a manter a coesão do grupo e a diferenciação com outros grupos, mas podem ter funcionado na prevenção de doenças, sobretudo de doenças transmissíveis. Por exemplo, um animal não poderia ser abatido por pessoa que tivesse doença de pele, o que faz sentido: lesões de pele podem conter micróbios. Moluscos eram proibidos, e dessa forma certas doenças, como a hepatite transmitida por ostras, podiam ser evitadas. Isso não significa que a prevenção fosse exercida conscientemente; as causas das doenças infecciosas eram desconhecidas. Seria muito difícil, por exemplo, associar a carne de porco à transmissão da triquinose. Para isto há uma explicação ecológica, por assim dizer. A criação de suínos, no Oriente Médio, seria um contra–senso. Trata–se de uma região árida, sem a água de que esses animais necessitam como forma de manter seu equilíbrio térmico. Além disso, povos nômades teriam dificuldades em manter um animal que se move pouco, como o porco. Finalmente, ao contrário dos bovinos, que servem como animal de tração e que proporcionam leite, o suíno só fornece a carne – uma luxúria, portanto, uma tentação que era evitada pelo rígido dispositivo da lei.

Em outras culturas era o xamã, o feiticeiro tribal, quem se encarregava de expulsar, mediante rituais, os maus espíritos que se tinham apoderado da pessoa, causando doença. O objetivo é reintegrar o doente ao universo total, do qual ele é parte. Esse universo total não é algo inerte: ele "vive" e "fala"; é um macrocorpo, do qual o Sol e a Lua são os olhos, os ventos, a respiração, as pedras, os ossos (homologação antropocósmica). A união do microcosmo que é o corpo com o macrocosmo faz–se por meio do ritual.

Entre os índios Sarrumá, que vivem na região da fronteira entre Brasil e Venezuela, o conceito de morte por causa natural ou mesmo por acidente praticamente inexiste: sempre resulta da maldição de um inimigo. Ou, então, conduta imprudente: se alguém come um animal tabu, o espírito desse animal vinga–se provocando doença e morte.

A tarefa do xamã é convocar espíritos capazes de erradicar o mal. Para isso ele passa por um treinamento longo e rigoroso, com prolongada abstinência sexual e alimentar; nesse período aprende as canções xamanísticas e utiliza plantas com substâncias alucinógenas que são chamarizes para os espíritos capazes de combater a doença.

A medicina grega representa uma importante inflexão na maneira de encarar a doença. É verdade que, na mitologia grega, várias divindades estavam vinculadas à saúde. Os gregos cultuavam, além da divindade da medicina, Asclepius, ou Aesculapius (que é mencionado como figura histórica na Ilíada), duas outras deusas, Higieia, a Saúde, e Panacea, a Cura. Ora, Higieia era uma das manifestações de Athena, a deusa da razão, e o seu culto, como sugere o nome, representa uma valorização das práticas higiênicas; e se Panacea representa a idéia de que tudo pode ser curado – uma crença basicamente mágica ou religiosa –, deve–se notar que a cura, para os gregos, era obtida pelo uso de plantas e de métodos naturais, e não apenas por procedimentos ritualísticos.

Essa visão religiosa antecipa a entrada em cena de um importante personagem: o pai da Medicina, Hipócrates de Cós (460–377 a.C.). Pouco se sabe sobre sua vida; poderia ser uma figura imaginária, como tantas na Antigüidade, mas há referências à sua existência em textos de Platão, Sócrates e Aristóteles. Os vários escritos que lhe são atribuídos, e que formam o Corpus Hipocraticus, provavelmente foram o trabalho de várias pessoas, talvez em um longo período de tempo. O importante é que tais escritos traduzem uma visão racional da medicina, bem diferente da concepção mágico–religiosa antes descrita. O texto intitulado "A doença sagrada" começa com a seguinte afirmação: "A doença chamada sagrada não é, em minha opinião, mais divina ou mais sagrada que qualquer outra doença; tem uma causa natural e sua origem supostamente divina reflete a ignorância humana".

Hipócrates postulou a existência de quatro fluidos (humores) principais no corpo: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. Desta forma, a saúde era baseada no equilíbrio desses elementos. Ele via o homem como uma unidade organizada e entendia a doença como uma desorganização desse estado. A obra hipocrática caracteriza–se pela valorização da observação empírica, como o demonstram os casos clínicos nela registrados, reveladores de uma visão epidemiológica do problema de saúde–enfermidade. A apoplexia, dizem esses textos, é mais comum entre as idades de 40 e 60 anos; a tísica ocorre mais freqüentemente entre os 18 e os 35 anos. Essas observações não se limitavam ao paciente em si, mas a seu ambiente. O texto conhecido como "Ares, águas, lugares" discute os fatores ambientais ligados à doença, defendendo um conceito ecológico de saúde–enfermidade.

Daí emergirá a idéia de miasma, emanações de regiões insalubres capazes de causar doenças como a malária, muito comum no sul da Europa e uma das causas da derrocada do Império Romano. O nome, aliás, vem do latim e significa "maus ares" (é bom lembrar que os romanos incorporam os princípios da medicina grega).

Galeno (129–199) revisitou a teoria humoral e ressaltou a importância dos quatro temperamentos no estado de saúde. Via a causa da doença como endógena, ou seja, estaria dentro do próprio homem, em sua constituição física ou em hábitos de vida que levassem ao desequilíbrio.

No Oriente, a concepção de saúde e de doença seguia, e segue, um rumo diferente, mas de certa forma análogo ao da concepção hipocrática. Fala–se de forças vitais que existem no corpo: quando funcionam de forma harmoniosa, há saúde; caso contrário, sobrevem a doença. As medidas terapêuticas (acupuntura, ioga) têm por objetivo restaurar o normal fluxo de energia ("chi", na China; "prana", na Índia) no corpo.

Na Idade Média européia, a influência da religião cristã manteve a concepção da doença como resultado do pecado e a cura como questão de fé; o cuidado de doentes estava, em boa parte, entregue a ordens religiosas, que administravam inclusive o hospital, instituição que o cristianismo desenvolveu muito, não como um lugar de cura, mas de abrigo e de conforto para os doentes. Mas, ao mesmo tempo, as idéias hipocráticas se mantinham, através da temperança no comer e no beber, na contenção sexual e no controle das paixões. Procurava–se evitar o contra naturam vivere, viver contra a natureza. O advento da modernidade mudará essa concepção religiosa.

O suíço Paracelsus (1493–1541) afirmava que as doenças eram provocadas por agentes externos ao organismo. Naquela época, e no rastro da alquimia, a química começava a se desenvolver e influenciava a medicina. Dizia Paracelso que, se os processos que ocorrem no corpo humano são químicos, os melhores remédios para expulsar a doença seriam também químicos, e passou então a administrar aos doentes pequenas doses de minerais e metais, notadamente o mercúrio, empregado no tratamento da sífilis, doença que, em função da liberalização sexual, se tinha tornado epidêmica na Europa.

Já o desenvolvimento da mecânica influenciou as idéias de René Descartes, no século XVII. Ele postulava um dualismo mente–corpo, o corpo funcionando como uma máquina. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento da anatomia, também conseqüência da modernidade, afastou a concepção humoral da doença, que passou a ser localizada nos órgãos. No famoso conceito de François Xavier Bichat (1771–1802), saúde seria o "silêncio dos órgãos".

Mas isto não implicou grandes progressos na luta contra as doenças, que eram aceitas com resignação: Pascal dizia que a enfermidade é um caminho para o entendimento do que é a vida, para a aceitação da morte, principalmente de Deus. Mais tarde, os românticos não apenas aceitariam a doença, como a desejariam: morrer cedo (de tuberculose, sobretudo) era o destino habitual de poetas e músicos como Castro Alves e Chopin. Para o poeta romântico alemão, a doença refinaria a arte de viver e a arte propriamente dita. Saúde, nestas circunstâncias, era até dispensável.

Mas a ciência continuava avançando e no final do século XIX registrou–se aquilo que depois seria conhecido como a revolução pasteuriana. No laboratório de Louis Pasteur e em outros laboratórios, o microscópio, descoberto no século XVII, mas até então não muito valorizado, estava revelando a existência de microorganismos causadores de doença e possibilitando a introdução de soros e vacinas. Era uma revolução porque, pela primeira vez, fatores etiológicos até então desconhecidos estavam sendo identificados; doenças agora poderiam ser prevenidas e curadas.

Esses conhecimentos impulsionaram a chamada medicina tropical. O trópico atraía a atenção do colonialismo, mas os empreendimentos comerciais eram ameaçados pelas doenças transmissíveis endêmicas e epidêmicas. Daí a necessidade de estudá–las, preveni–las, curá–las. Nessa época nascia também a epidemiologia, baseada no estudo pioneiro do cólera em Londres, feito pelo médico inglês John Snow (1813–1858), e que se enquadrava num contexto de "contabilidade da doença". Se a saúde do corpo individual podia ser expressa por números – os sinais vitais –, o mesmo deveria acontecer com a saúde do corpo social: ela teria seus indicadores, resultado desse olhar contábil sobre a população e expresso em uma ciência que então começava a emergir, a estatística.

O termo é de origem alemã, Statistik, e deriva de Staat, Estado, o que é bastante significativo, pois o desenvolvimento da estatística coincide com o surgimento de um Estado forte, centralizado. A estatística teve boa acolhida na Inglaterra, onde vigorava a idéia, mais tarde expressa em um famoso dito de Lord Kelvin (William Thomson, 1824–1907), segundo o qual tudo que é verdadeiro pode ser expresso em números.

Na verdade, métodos numéricos no estudo da sociedade, aí incluída a situação de saúde, já haviam sido introduzidos no século XVII. O médico e rico proprietário rural William Petty (1623–1687) iniciara o estudo do que denominava de "anatomia política", coletando dados sobre população, educação, produção e também doenças. John Graunt (1620–1674), comerciante de profissão, mas membro da Royal Society, havia conduzido, com base nos dados de obituários, os primeiros estudos analíticos de estatística vital, identificando diferenças na mortalidade de diferentes grupos populacionais e correlacionando sexo e lugar de residência. Esse processo ganhou impulso no século XIX.

sábado, 4 de julho de 2009

População Economicamente Ativa e Inativa no Brasil e no Mundo - Douglas Felizardo e Larissa Couto


A pesquisa de indicadores sociais, divulgada hoje pelo IBGE, revela que a participação da população em idade ativa, entre 15 e 64 anos, aumentou em relação às pessoas consideradas inativas - crianças e idosos.
Em 1992, eram 64,1 inativos para cada 100 ativos. Em 1999, eram 55,4 inativos para cada 100 ativos. Em 1999, a região Nordeste apresentou a maior participação dos inativos, de 65,4 a cada 100 ativos. Já no Sudeste, a relação era de 100 pessoas ativas e 49,8 inativas.
Apesar do aumento da participação de pessoas ativas na população e do aumento de 13,8% da oferta de trabalho _a PEA (População Economicamente Ativa) passou de 69,7 milhões em 1992 para 79,3 milhões em 1999)_ a taxa de atividade diminuiu de 61,5% para 61% entre 1992 e 1999.
A população economicamente ativa é formada pelas pessoas entre 10 e 64 anos que estão trabalhando ou procurando emprego. Já a taxa de atividade mede a participação das pessoas entre 10 e 64 anos que estão efetivamente trabalhando.
Entre os sexos, a taxa de atividade feminina aumentou na década, enquanto a masculina diminuiu. Em 1992, a taxa de atividade masculina era de 76,6% e foi diminuindo até chegar a 73,8% em 1999. Enquanto a taxa de atividade feminina passou de 47,2% para 49,0% entre os dois períodos.
O percentual empregados com carteira assinada diminuiu de 64% para 61,3%, refletindo aumento da informalidade. Entre os trabalhadores domésticos com carteira de trabalho, o percentual é ainda pequeno, de 25%, mas apresentou aumento em relação a 1992, quando foi de 17,5%.
Apenas 60,2% dos empregadores contribuíram para a previdência em 1999, enquanto que em 1992, esse percentual era de 65,7%.
O crescimento da população idosa, definida como aquela a partir dos 60 anos de idade, é um fenômeno mundial, ocorrendo em um nível sem precedentes. No Brasil, as estimativas para os próximos 20 anos indicam que a população idosa excederá a 30 milhões de pessoas, chegando a representar quase 13% da população. Este trabalho busca realizar uma análise descritiva do perfil dos idosos no Brasil, no estado e no município do Rio de Janeiro. As análises serão feitas a partir de indicadores construídos com as informações dos censos do IBGE de 1991 e 2000 e fazendo-se uma projeção para o ano 2002. Os dados analisados são: população total, gênero, alfabetização, população urbana e rural, responsabilidade nos domicílios e renda. Também são discutidas as possíveis causEssa ampliação da expectativa de vida não ocorre de modo uniforme em ambos os sexos. O aumento para as mulheres é mais significativo do que para os homens, caracterizando o fenômeno de feminização da população idosa.
Esse fenômeno pode ser explicado, em parte, por uma maior expectativa de vida das mulheres, devido a diversos fatores, tais como:
menor consumo de álcool e tabaco, que são associados a doenças cardiovasculares e diferentes tipos de neoplasias, sendo as principais causas de morte na população acima de 45 anos. (Homens consomem em maiores quantidades);
as mulheres têm, de modo geral, melhor percepção da doença e fazem uso mais constante dos serviços de saúde do que os homens. É possível que a detecção precoce e melhor tratamento de doenças crônicas nas mulheres contribuam para um prognóstico melhor;
atendimento médico-obstétrico – a mortalidade materna, antes uma das causas principais de morte prematura entre mulheres, é atualmente baixa;
diferenças na exposição a riscos – acidentes domésticos e de trabalho, acidentes de trânsito, homicídios e suicídios são, em conjunto, quatro vezes mais freqüentes para os homens do que para as mulheres, nas áreas urbanas brasileiras.
Há um crescimento na população urbana e diminuição da população rural, tanto para homens como para mulheres, o que não significa melhora da qualidade de vida, e sim mais competitividade em vários aspectos. Esse é um fenômeno nacional e evidenciado ainda mais no Estado do Rio de Janeiro (97%), caracterizado por uma população essencialmente urbana.
A grande maioria dos idosos brasileiros possui uma renda média até 1 salário mínimo, o que não lhes garante, na maioria das vezes, uma condição de vida satisfatória, principalmente quando essa é a única fonte do sustento familiar, o que é comprovado pelo relevante aumento dos domicílios sob a responsabilidade dos idosos.
Com relação à renda, comparando o Brasil com o Rio de Janeiro, observamos uma melhor posição do Rio de Janeiro em relação à média brasileira. O percentual de idosos no Brasil com renda menor que 1 salário mínimo é praticamente o dobro do Estado do Rio de Janeiro. E nos extratos com renda maior que 5 salários mínimos ocorre o inverso, sendo a prevalência bem mais elevada no município do Rio de Janeiro, revelando melhores condições sócio-econômicas da população carioca em relação à fluminense. Outro fato que evidencia essa melhor condição sócio-econômica do Estado, particularmente do município do Rio de Janeiro, é a escolaridade. O município do Rio de Janeiro tem prevalência de analfabetismo 3,5 vezes menor que a média nacional. Vale a pena ressaltar que, mesmo sem considerar a média de anos de estudo, observou-se com o passar dos anos uma redução do analfabetismo no Brasil, em geral.
Em suma, pode-se constatar em todos os indicadores analisados uma característica uniforme de quas para essas proporPopulação residente total
Observa-se um aumento da população total de idosos brasileiros, que em 2000 era de 14.536.026, contra 10.722.705 observados em 1991, com uma projeção de 15.383.434 para o ano 2002, vindo representar 8.8% da população brasileira total (Tabela 1). No Estado do Rio de Janeiro, o percentual de idosos é superior ao da média nacional, com 9.2% em 1991, 10.7% em 2000 e 11% em 2002. E é ainda um pouco maior, considerando-se somente o município do Rio de Janeiro com 11.2% em 1991, 12.8% em 2000 e 13.2% em 2002.
De 1991 para 2002, observa-se no Brasil um crescimento em todos os grupos de idade, com um aumento maior nos grupos etários mais avançados, de 70 a 74 anos, que passaria de 1.3 para 1.7%, e de 75 ou mais, que passaria de 1.6 para 2.2% da população total de idosos. Esses percentuais são ainda maiores no Estado do Rio de Janeiro, com 2.6% em 2002 no grupo de idade de 75 anos ou mais, e ainda mais elevado no município do Rio de Janeiro, 3.5% em 2002 para a mesma faixa de idade.
Portanto, ocorre não somente um aumento da população idosa, mas também um envelhecimento dessa população, com um número maior de idosos nas faixas etárias mais elevadas.ções. UM FENÔMENO MUNDIAL
Segundo o IBGE (2002), o crescimento da população de idosos, em números absolutos e relativos, é um fenômeno mundial e está ocorrendo em um nível sem precedentes. Em 1950, eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo. Já em 1998, quase cinco décadas depois, esse contingente alcançava 579 milhões de pessoas; um crescimento de quase 8 milhões de pessoas idosas por ano. As projeções indicam que, em 2050, a população idosa será de 1.900 milhões de pessoas, montante equivalente à população infantil de 0 a 14 anos de idade (Andrews, 2000). Outros aspectos importantes para explicar esse fenômeno, na visão de Andrews, são os seguintes:

* desde 1950, a esperança de vida ao nascer em todo o mundo aumentou 19 anos;



* hoje em dia, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais; para 2050, estima-se que a relação será de um para cinco, para o mundo em seu conjunto, e de um para três para o mundo desenvolvido;



* segundo as projeções, o número de centenários – de 100 anos de idade ou mais – aumentará 15 vezes, de aproximadamente 145.000 pessoas em 1999, para 2,2 milhões em 2050;



· entre 1999 e 2050, o coeficiente entre a população ativa e inativa – isto é, o número de pessoas entre 15 e 64 anos de idade por pessoa de 65 ou mais – diminuirá em menos da metade, nas regiões desenvolvidas, e em uma fração ainda menor nas áreas menos



O estudo das características da população de um dado local, como o seu crescimento, distribuição geográfica e faixas etárias, é essencial para a elaboração de medidas de ordem prática realmente adequadas ao interesse social.
Os elementos que orientam a distribuição geográfica da população advêm da conjugação de fatores naturais, históricos a socioeconômicos capazes de atrair ou repelir a ocupação humana.
Atualmente, processos como a modernização e o domínio tecnocioentífico minimizam a interferência de fatores físicos, como clima e relevo, na distribuição da população, que é muito mais influenciada por fatores históricos, como a forma de colonização desenvolvida, e econômicos, como o modo de produção adotado.
CONCEITOS BÁSICOS

Áreas Ecúmenas:

Regiões favoráveis à ocupação humana, sendo facilmente habitáveis e geralmente dotadas de grandes concentrações populacionais.



Áreas Anecúmenas:

Áreas de difícil habitação, sendo pois desfavoráveis à ocupação humana e, em geral, caracterizadas por grandes vazios demográficos.



População Absoluta:

É o número total de habitantes de um lugar. Um local é tomado como populoso quando apresenta um grande número de habitantes, é o caso, por exemplo, da China e da Índia, países mais populosos do mundo, seguidos dos EUA, da Indonésia e do Brasil (com cerca de 170 milhões de habitantes).



População Relativa:

Também conhecida como Densidade Demográfica, é a relação entre o número total de habitantes e a área ocupada. Um local é tido como densamente povoado quando tem um grande número de habitantes por cada quilômetro quadrado. É importante notar que nem todo país populoso é densamente povoado, já que poderá possuir um grande território além de uma grande população.



Superpovoamento ou Superpopulação:

Trata-se de uma análise feita não sobre a densidade demográfica, mas sim em torno do nível de vida de uma dada população, com base em seus indicadores sócio-econômicos. Um país poderá, portanto, ser superpovoado, mesmo apresentando uma baixa densidade demográfica, como é o caso, por exemplo, do Brasil, cuja densidade é de aproximadamente 19,8 hab/ km², mas o nível de desenvolvimento econômico e social de sua população é insuficiente.



Taxa de Natalidade:

Relação entre o número de nascidos em um ano e o número de habitantes. É obtida multiplicando-se o número de nascido por 1.000 e dividindo-se o resultado pela população absoluta do local (obtém-se a quantidade de nascidos para cada grupo de mil habitantes em um ano).



Taxa de Mortalidade:

Relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes. O calculo é semelhante ao da taxa de natalidade e o resultado se refere ao número de pessoas que morrem para cada grupo de mil em um ano.



Crescimento Vegetativo ou Natural:

É a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade de uma dada região. Geralmente é mais elevado em países subdesenvolvidos, que encontram maiores dificuldades para realizar políticas de controle de natalidade.



Índice de Desenvolvimento Humano (IDH):

Criado pela ONU para determinar o nível sócio-econômico das populações a partir da análise de elementos como a mortalidade infantil, saúde, nível de instrução, e renda per capta. Os maiores IDH’s pertencem aos países ricos.





ESTRUTURA DA POPULAÇÃO

A forma como a população é estruturada pode ser objeto de observação por diversos prismas.



Pirâmide Etária:

Representa a organização da população de acordo com as idades e sexo. Homens são representados à esquerda e mulheres à direita. A base representa a população jovem, o corpo a adulta e o ápice, a população idosa. O eixo vertical representa as idades e o eixo horizontal pode representar o número de habitantes.



Países ricos apresentam uma pirâmide etária de base estreita, em razão do controle de natalidade e o ápice largo devido à alta expectativa de vida. A maior parte da sua população é adulta, portanto são considerados países maduros. Já nos países pobres, o ápice é estreito por causa da baixa longevidade e o número de jovens é elevado, o que gera a necessidade de altos investimentos em educação e formação profissional.



Países emergentes como o Brasil apresentam pirâmides em transição, pois a população envelhece, havendo redução no número de jovens e aumento da população adulta. Seu regime demográfico também é considerado maduro.









Pirâmide etária brasileira. Fonte: Censo IBGE, 2000.





POPULAÇÃO E ECONOMIA

Sob o ponto de vista ocupacional, uma dada população pode ser dividida em dois grupos:



* População economicamente ativa (PEA). Formada pelas pessoas empregadas ou à procura de emprego. Em países desenvolvidos, toma-se 15 anos como idade base para o cálculo da PEA (a Constituição brasileira estabelece os 16 anos como idade mínima para o ingresso de crianças no mercado de trabalho).
* População economicamente inativa (PEI). Composta pelos indivíduos que não estão empregados (como aposentados, crianças que ainda não atingiram a idade para ingressar no mercado, estudantes, etc.) ou que não exercem atividade econômica remunerada, como as donas-de-casa. Esta parcela da população requer grandes investimentos sociais, como escolas e aposentadorias.

OBS: O desemprego pode ser estrutural, como ocorre em países desenvolvidos em razão do progresso tecnológico, ou ainda conjuntural, como é o caso dos países pobres, em decorrência da própria conjuntura político-econômica. Em países subdesenvolvidos, a contagem da PEA é destorcida, pois grande parte da população integra participa da economia informal através dos subempregos em atividades não regulamentadas, como é o caso dos camelôs. Alem disso, é comum notar em países periféricos a triste realidade do trabalho infantil.





POPULAÇÃO ATIVA E SETORES DA ECONOMIA:

A divisão das atividades econômicas é feita geralmente em três setores:



1. Primário: relacionado às atividades do campo, como agricultura, pecuária e extrativismo;

2. Secundário: compreende as atividades da Indústria, como a mineração e a construção civil;

3. Terciário: referente à prestação de serviços, como comércio, bancos, educação, etc.



A partir do avanço tecnocientífico, é possível notar a presença de um novo setor além desses três: é o setor quaternário, que engloba as atividades da tecnologia de ponta da pesquisa de alto nível, robótica, etc. Isso ocorre principalmente em países desenvolvidos.



Países desenvolvidos concentram sua população ativa nos setores secundário e terciário, e nem tanto no primário, em razão da mecanização no campo (alta produtividade em pouco espaço e com pouca mão-de-obra).



A baixa modernização do meio rural leva à concentração da PEA no setor primário dos países subdesenvolvidos. Alguns países periféricos enfrentam a chamada hipertrofia do setor terciário, em virtude da proliferação do subemprego como meio de sustento da classe marginalizada.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Migração no Mundo - Tamyres Santana e Miriã



Boa parte dos meios de produção está concentrada em países que contam com uma agricultura muito produtiva meio de vida da maioria dos habitantes dos países subdesenvolvidos.
O aumento populacional e o desenvolvimento têm vínculos complexos. No passado, por meio da intensificação da agricultura e do aumento da produtividade, as nações puderam enfrentar as crescentes pressões populacionais sobre a terra disponível.
A pressão populacional já está forçando os agricultores tradicionais a trabalharem mais, quase sempre em fazendas cada vez menores, situadas em terras marginais, apenas para manter a renda familiar.
Hoje, o aumento populacional concentra-se nas regiões subdesenvolvidas da Ásia, da África e da América Latina, responsáveis por 85% do aumento da população mundial a partir de 1950.
O aperfeiçoamento das comunicações possibilitou grandes deslocamentos de pessoas, às vezes como uma reação natural ao aumento das oportunidades econômicas em determinadas áreas. Isso aumentou rapidamente a mobilidade da população, acelerando as migrações internas e externas.
Grande parte dos deslocamentos dá-se do campo para a cidade. Em 1985, cerca de 40% da população mundial vivia em cidades. A magnitude da migração para as cidades é comprovada pelo fato de que, a partir de 1950, o aumento população urbana foi maior que o aumento da população, tanto em termos percentuais como absolutos.
No final deste século, quase metade do mundo estará vivendo em áreas urbanas desde pequenas cidades até megalópoles. O sistema econômico mundial está se tornando cada vez mais urbano, com redes justapostas de comunicações, de produção e de mercadorias.
Em muitas nações, certos tipos de indústria e de empresa de serviços estão se desenvolvendo em áreas rurais. Mas essas áreas vêm recebendo serviços e infra-estrutura de alta qualidade, com sistemas avançados de telecomunicações, que fazem com que suas atividades sejam parte integrante do sistema urbano-industrial nacional e global. De fato, o interior está sendo “urbanizado” cada vez mais aceleradamente.
O século XX é o da “revolução urbana”. Depois de 1950, o número de pessoas que vivem nas cidades quase triplicou; nas regiões mais desenvolvidas, a população urbana dobrou; no mundo menos desenvolvido, quadruplicou.
Em muitos países em desenvolvimento, as cidades têm crescido muito além do que jamais se poderia imaginar. Poucos governos de cidades do mundo em desenvolvimento, cujas populações crescem a um ritmo acelerado, dispõem de poderes, recursos e pessoal treinado para lhes fornecer as terras, os serviços e os sistemas adequados a condições não-degradantes de vida: água potável, saneamento, escolas e transportes.
O resultado disso se revela na proliferação de assentamentos ilegais de habitações toscas, nas aglomerações excessivas e na taxa de mortalidade altíssima, decorrente de um meio ambiente insalubre, por causa de problemas de infra-estrutura deteriorada, degradação ambiental, decadência do centro urbano e descaracterização dos bairros.
Os desempregados, os idosos e as minorias étnicas e raciais podem mergulhar numa espiral descendente de degradação e pobreza, pois as oportunidades de emprego diminuem, e os indivíduos mais jovens e mais instruídos vão abandonando os bairros decadentes.
No mundo industrializado, as cidades também são responsáveis por problemas de alcance global, tais como o consumo de energia e a poluição ambiental. Muitas delas obtêm seus recursos e sua energia de terras distantes, com fortes impactos coletivos sobre essas terras distantes.
Em geral, o crescimento urbano muitas vezes vem antes do estabelecimento de uma base econômica sólida e diversificada para apoiar o incremento da infra-estrutura, da habitação e do emprego. Em muitos lugares, os maiores problemas estão ligados a padrões inadequados de desenvolvimento agrícola e urbano.
A crise econômica mundial dos anos 80 não resultou somente em menores rendas, maior desemprego e na eliminação de muitos programas sociais. Ela também diminuiu drasticamente a já baixa prioridade dada aos problemas urbanos, aumentando a deficiência crônica dos recursos necessários para construir, manter e administrar as cidades.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Crescimento da População Brasileira - Daniela Rayane e Daiane



Crescimento da população Brasileira
A primeira informação a respeito do crescimento da população brasileira ocorreu no ano de 1872. Esse tipo de informação é muito importante para entender a evolução da população, pois a partir dessas informações o poder público cria alguns projetos e os coloca em prática, como por exemplo, projetos de educação, saúde, segurança e alimentação.

Em 1872, foi decretado que a população era composta por 10 milhões de habitantes, já em 1900, o número de habitantes aumentou para 17,5 milhões, em 1940, o número de habitantes aumentou para 41,2 milhões, já no século XX, a população aumentou cinco vezes mais o seu total.


A partir daí a população no ano de 1970 chegou a ter 93 milhões de pessoas, em 1980 chegou a 119 milhões, em 1991 chegou a ter mais de 145 milhões e em 2000 chegou a quase 166 milhões de pessoas. Esses dados fazem com que o Brasil fique em quinto lugar dos países mais populosos do mundo.

As principais causas do crescimento da população brasileira são o grande número de filhos nas famílias e o grande fluxo migratório.

Mais ou menos no ano de 1970, esse crescimento ficou mais lento, por ter ocorrido algumas mudanças em alguns fatores, como por exemplo, o grande aumento dos custos para sobreviver e o fácil acesso aos métodos anticoncepcionais.

Neste período, as mulheres enfrentaram uma nova realidade, de deixarem os serviços domésticos e começarem a trabalhar fora de casa. Esses fatores fizeram com que elas não tivessem mais tempo para cuidar dos filhos, e vissem que os custos de criação e educação para os filhos seria muito alto.

Gráfico que mostra a evolução da população brasileira.
O Brasil ocupa o quinto lugar entre os países mais populosos do mundo, com aproximadamente 190 milhões de habitantes (segundo estimativas do IBGE de 2008), no entanto, nem sempre foi assim. Nos últimos 50 anos o país obteve um enorme crescimento no número de habitantes, observe as evoluções a partir do primeiro recenseamento realizado no país.

Tabela obtida a partir de informações do IBGE.
Da década de 70 até os dias atuais a população passou de 93 milhões para aproximadamente 190 milhões, ou seja, mais que dobrou. Nos primeiros quatro anos do século XXI a população aumentou em cerca de 10 milhões de pessoas.

Quanto às evoluções da população brasileira, a primeira contagem populacional aconteceu em 1872, com base nesse dado fica claro que não há precisão nas informações acerca do número de habitantes anteriores a esta data, tendo em vista que não houve pesquisas oficiais. Até a década de 70, os principais fatores que levaram ao crescimento da população foram: as imigrações e o elevado número de filhos por família.

Após essa década, as taxas de crescimento caíram em virtude de mudanças sociais, tais como:

- As pessoas urbanas se casam mais velhas em relação às que vivem no campo, fato que implica na diminuição do período fértil da mulher, automaticamente ocasiona a redução do número de filhos por família.

- Preocupação com o número de filhos, em decorrência dos elevados gastos com os mesmos (educação, saúde, transporte, entre outros).

- A inserção da mulher no mercado de trabalho permitiu que as famílias diminuíssem o número de filhos, em razão das dificuldades em educar e cuidar da sua prole.

- Aumento do acesso às informações e aos métodos anticoncepcionais.

Segundo estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2050 a população brasileira será de 259,8 milhões de habitantes, revela também que entre os anos 50 e 60 a taxa de crescimento vegetativo era de 3%; em 2004, a taxa caiu para 1,44%; em 2050 irá cair para 0,24% e no ano de 2062 não haverá crescimento. Desse modo, a população sofrerá uma diminuição quanto ao número de habitantes.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Fatores Responsáveis Pela Diminuição da Taxa de Natalidade e Mortalidade no Mundo - William Costa e Verônica

Fatores Responsáveis Pela Diminuição da Taxa de Natalidade e Mortalidade no Mundo

O crescimento da população mundial,a principio foi lento ,e só veio a se acelerar em meados do século XVIII ,e só se expandiu depois de 1950. TN = Taxa de Natalidade, TM = Taxa de Mortalidade e TCN = Taxa de Crescimento Natural nos países em vias de desenvolvimento verifica-se que a taxa de natalidade tem registado, ao longo do tempo, valores muito elevados, pese embora a diminuição recente. De entre os principais fatores explicativos deste fenômeno destacam-se: O desconhecimento do planejamento familiar; A não utilização de métodos anti concepcionais; O casamento precoce; (a maioria das mulheres casa entre os 15 e os 18 anos e o seu papel restringe-se muitas vezes à função de mãe) Os filhos constituírem uma fonte de rendimento; (auxiliam nas tarefas domésticas, nos trabalhos agrícolas e por vezes têm atividades profissionais remuneradas. Por outro lado, são ainda o garante do futuro dos pais uma vez que asseguram a velhice destes) o baixo nível cultural; As crenças religiosas; (algumas religiões opõem-se à limitação dos nascimentos por meios não naturais) a existência de uma psicologia natalista, como forma de compensar a mortalidade existente.



Comentários Sobre a População Brasileira
• http://www.youtube.com/watch?v=ZfeRNmYYBCw

domingo, 21 de junho de 2009

Caroline Moraes e Letícia - Nºs : 3 e 17


O desemprego estrutural
Desemprego estrutural resulta das mudanças da estrutura da economia. Estas provocam desajustamentos no emprego da mão-de-obra, assim como alterações na composição da economia associada ao desenvolvimento. Existem duas causas para este tipo de Desemprego: insuficiência da procura de bens e de serviços e insuficiência de investimento em torno da combinação de fatores produtivos desfavoravéis. Esse tipo de desemprego é mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias, reduzindo os postos de trabalho.
O desemprego causado pelas novas tecnologias, como a robótica e a informática, recebe o nome de desemprego estrutural. Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção. Tanto os países ricos quanto os pobres são afetados pelo desemprego estrutural, um dos graves problemas de nossos dias.
Os principais setores atingidos pelo desemprego estrutural são: Agricultura, prestação de serviços e indústria

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Migração no Brasil - Felipe Rodrigues e Thamirez Rocha

Migração no Brasil


No Brasil, os principais fluxos migratórios, a partir da metade do século, são feitos pelos nordestinos que se dirigem para o sudeste, centro-oeste e norte do país. Isto se deve à forte desigualdade social do nordeste brasileiro, que é ocorrência do clima seco e do solo pouco produtivo dos sertões, além de uma distribuição de terras e renda má resolvida.

As regiões sul e sudeste do Brasil, bem desenvolvidas industrialmente e com mercado crescente, tem sido visadas cada vez mais pelas correntes migratórias, devido também à expansão das fronteiras agrícolas, da abertura de garimpos e também por causa das obras, como usinas hidrelétricas e rodovias.

São Paulo é a cidade que mais sofreu e sofre com a migração. Os antigos moradores da primeira metade do século, que também vinham de imigrantes estrangeiros de várias nacionalidades como italianos, alemães, japoneses e árabes, moravam na então cidade de São Paulo, que se resumia ao antigo centro de hoje e a bairros ao redor. Com a chegada da industrialização na região do ABC (cidades ao redor de São Paulo), os migrantes brasileiros se instalaram ali, criando áreas periféricas de São Paulo. Sem emprego, a maioria se instalou com péssimas condições de estrutura, com falta de saneamento básico e construções em terrenos irregulares. Assim os imigrantes, junto com os já desempregados, criaram uma grande massa de desemprego e condições más de vida na cidade.

Este final de século vem sendo marcado pela alta desigualdade social, pois com essa centralização do poder (na capital), a população é cada vez mais marginalizada, dando origem à favelas de vários portes. Por outro lado, toda essa riqueza industrial é atrativa para quem vem de fora.